Com o avanço tecnológico, o marketing se tornou cada vez mais personalizado e voltado para as necessidades individuais do consumidor. E, para isso, a coleta e análise de dados é essencial. No entanto, com a crescente preocupação com a privacidade e segurança dos dados, é importante que as empresas assumam a responsabilidade de proteger as informações de seus clientes.
Além disso, é importante que as empresas invistam em tecnologias como Data Lakes e Customer Data Platforms (CDP), que permitem a centralização e governança dos dados do cliente. Essas ferramentas permitem que as informações sejam coletadas, organizadas e analisadas de forma mais eficiente e segura, garantindo a privacidade dos clientes conforme a LGPD no Brasil, ou com a RGPD (GDPR), em países da União Europeia.
Com um data lake confiável e CDP na sua arquitetura, é possível utilizar o GPT-4 de maneira ainda mais efetiva. Com a centralização dos dados do cliente em uma única nuvem estruturada, o sistema de inteligência artificial pode acessá-los de forma mais rápida e assertiva, gerando insights mais precisos e personalizados.
Aliás, se por algum motivo não sabe (ainda) o que são as inteligências artificiais generativas, vale dar uma pausa, ler sobre esta revolução, e retornar para este artigo.
Alguns exemplos do que se pode fazer com a nova versão da IA Generativa da OpenAI, considerando a jornada do consumidor, incluem:
- Atendimento ao cliente: O GPT-4 pode ser utilizado para responder às dúvidas e solicitações dos clientes de forma automatizada, oferecendo uma experiência mais rápida e satisfatória. E detalhe, através da sua capacidade multi-modal, as interações podem interpretar além de textos, como acontecia na versão 3.5, também imagens, e até vídeos!
- Personalização de ofertas: Com o uso dos dados coletados pelo CDP e o processamento pelo GPT-4, é possível criar ofertas personalizadas e direcionadas para cada cliente, aumentando a probabilidade de conversão.
- Análise de sentimentos: O GPT-4 também pode ser usado para analisar o sentimento dos clientes em relação à marca, produtos ou serviços, permitindo que as empresas identifiquem pontos de melhoria e aprimorem a experiência do cliente.
Apesar de todas as vantagens que a tecnologia pode oferecer, é importante ressaltar que ela não deve ser vista como uma solução definitiva para os problemas das empresas. Como destacado pelo filósofa e pesquisadora estadunidense Shoshana Zuboff, em seu livro “A Era do Capitalismo de Vigilância“, é necessário refletir sobre as implicações éticas e sociais do uso de tecnologias de inteligência artificial e garantir que a coleta e uso de dados estejam em conformidade com as leis e normas vigentes.
Importante destacar que a inovação por si só não é suficiente para alcançar o sucesso no marketing digital, ou melhor, phygital. É fundamental que as empresas invistam em talentos capacitados para trabalhar com essas ferramentas e possam interpretar os dados de forma adequada, com um foco claro na ética e na privacidade dos dados do cliente.
Reforçando essa necessidade de um time especialista, vale mencionar que a ocorrência de “alucinações” diminuiu nesta quarta versão, mas o sistema ainda é propenso a erros.
Um minuto, não sabe o que significa uma alucinação quando se refere a IAs? É um termo cunhado para informações geradas incorretamente, principalmente devido a modelagem e/ou sobreajuste do modelo e desequilíbrio entre as informações contidas nos dados de treinamento, como também do mundo real. Ou seja, a equipe que atua em sua estratégia em CX, precisa medir o grau de acuracidade de forma constante, o que podemos dizer que é uma evolução do processo em growth hacking.
Em resumo, a tecnologia continua a avançar e as empresas que desejam permanecer competitivas precisam mergulhar nessa evolução. Juntamente com o GPT-4, sua martech stack oferecerá uma oportunidade única para otimizar a personalização da experiência do cliente e transformar a maneira como as empresas fazem negócios. Como disse o personagem Cooper no filme ‘Interestelar’:
"A humanidade foi construída sobre histórias. Nossa existência em si é uma história. E quando encontramos uma que vale a pena, essa é a nossa missão".
É hora de abraçar a tecnologia, mas lembrar que os dados são valiosos e precisam ser tratados com cuidado para garantir uma história de sucesso para a empresa e uma experiência memorável para o cliente.
